quinta-feira, janeiro 14, 2010

Somos diferentes, mas assim é que tem piada!

Psicólogos norte-americanos, na área da terapia conjugal, afirmam que numa relação o amor, por si só, não é suficiente. Dizem que é importante saber identificar as diferenças entre os dois, compreendê-las, respeitá-las e saber viver com elas, porque, no limite, todos somos diferentes e temos de viver em sociedade. Saber viver com as diferenças não significa tentar mudar o outro e moldá-lo à nossa medida, passando por cima delas. Nada disso. Tem de existir equilíbrio e negociação. Muitas vezes relações são destruídas por causa das diferenças e cada um dos cônjuges segue a sua vida procurando um novo parceiro e pensando que não vai cometer os mesmos erros, que a relação vai correr melhor. No entanto, vão surgir novamente diferenças, divergências e conflitos, porque enquanto não se compreender que o segredo está precisamente na diferença, o sofrimento persistirá.
Com isto não quero dizer que casais que enfrentem verdadeiras crises sem solução à vista, cujas discussões ultrapassam o domínio das diferenças e onde não exista amor nem sequer respeito pelo outro devam continuar a lutar pela relação. Se o amor por si só não é suficiente, sem amor, nada feito. É tortura! Refiro-me, sim, às relações em que os dois se amam e que discutem porque estão a conhecer-se e a identificar as diferenças. Nesse caso, atirar a toalha ao chão nem sempre é a melhor solução. Não existem relações perfeitas (é um cliché, eu sei, mas verdadeiro)! As relações são um desafio constante que requer dedicação. É necessário "regar a plantinha" (sem interpretações maliciosas, hein!) como diz uma grande amiga minha.
Numa das minhas viagens conheci um casal adorável, que contava com quase 50 (sim 50!!!) anos de vida em comum. Claro que perguntei qual era o segredo, não resisti. Responderam-me: amor e tolerância. Tout court. Por isso, meus amigos, se tiverem discutido com a vossa cara metade por uma questão de diferenças e se a amam, não percam mais tempo a ler este post. Vá, toca a falar com ele/a para fazerem as pazes. A vida a dois não é fácil, mas os bons momentos são realmente muito felizes!

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