sexta-feira, julho 16, 2010

Viver da imagem

O mundo é realmente um grande palco. Todos nós temos papéis bem definidos na sociedade: mãe, irmã, colega, pai, filho/a, etc. e a forma como os desempenhamos acaba por projectar uma imagem no outro, que pode ou não agradar, mas que acaba por definir-nos, etiquetar-nos no meio envolvente: ela é uma boa mãe, ele é um colega irritante, é um pai dedicado, é um filho rebelde, etc.
Porém, algo pernicioso tem vindo a acontecer nas sociedades modernas/consumistas no que toca a verdadeira essência do desempenho dos papéis sociais: a imagem que projectamos propositadamente no outro, a forma como queremos ser vistos. Se for uma imagem baseada em princípios e em valores morais, onde o desempenho do papel importa - mostrar que se é competente, bom colega, boa mãe, etc. - é saudável, mas se for uma imagem baseada em bens materiais ou frustrações individuais, as coisas não correm bem. E isto, meus amigos, é cada vez mais comum e explica muitos dos créditos mal parados por esse mundo fora... e as depressões nos locais de trabalho/escolas quando se tem de lidar com superiores hierárquicos que escondem a insegurança atrás do despotismo e de uma imagem de alguém com "mão firme"...
Confesso que tenho curiosidade em saber durante quanto tempo as pessoas conseguem projectar propositadamente esta imagem criada  e como estará a sua saúde mental ao fim de alguns anos...

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