quinta-feira, julho 01, 2010

O que queres ser quando fores crescida?

Veterinária! Dizia eu aos 10 anos. E com convicção! Tinha a certeza de que iria salvar muitos animais por esse mundo fora - sim, mesmo naquela idade já pensava nos animais dos parques nacionais de África e afins...
Aos 14, numa sessão de orientação escolar em que tínhamos a responsabilidade de decidir o futuro - Ciências ou Humanidades - chegaram as primeiras dúvidas. O ano não tinha corrido bem a matemática - tinha descido da nota máxima (5 valores) para 4 valores - o que para mim, na altura, foi um enorme desaire. Após ter lido um artigo de imprensa que descrevia as profissões melhor remuneradas (acreditem que nas crianças isso tem muito impacto), decidi que queria ser Juiz ou Analista de Política. E lá segui para Humanidades. Aos 18, já queria ser Psicóloga, para ajudar as pessoas a encontrarem um rumo, mas os exames nacionais levaram-me até à Sociologia. A licenciatura correu bem e terminei o curso com vontade de mudar o mundo. Comecei a trabalhar e acabei por tirar um mestrado diferente da minha formação académica. Continuo a querer mudar o mundo, mas constatei que é muito mais difícil do que à partida parece. E a motivação esmorece... Dou comigo a questionar-me: será que fiz as escolhas correctas? Deveria ter sido fiel ao meu sonho de tenra infância? Ou é apenas uma fase e daqui a nada descubro que afinal é isto que me preenche? Mas não estou a conseguir marcar a diferença...
Creio que todos nós temos estas dúvidas existenciais, mas também acredito que o segredo está na forma como lidamos com elas - Vale a pena resignarmo-nos ou devemos tentar de novo? Começar do zero ou encontrar um equilíbrio entre o que fazemos e o que gostaríamos de fazer? As respostas não são fáceis, mas uma máxima tenho sempre privilegiado: não devemos abandonar os sonhos, pois são o preâmbulo dos projectos...
Quando tiver mais respostas, farei uma adenda a este post!

E vocês, o que querem ser quando forem crescidos?

2 comentários:

  1. ...Eu, gostaria de ter sido o despertar mais vivo da palavra quando ela acorda a manhã e distancia a noite...

    Gostaria...

    Não sou.

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  2. E não será?...

    É uma bonita reflexão, transparece o que eu chamo de "marcar a diferença", sentir-se útil. Querermos fazer algo mais durante a nossa existência.

    Mas tenho a certeza que o João marca a diferença!

    Muito obrigado pelo seu comentário, enriquecedor, sem dúvida.

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Comentários